As formas mais comuns das doenças da gengiva são: Gengivite e Periodontite.
Existem variações quanto às doenças em si. Havendo ainda, variações dentro das doenças. São várias as formas de classificação das doenças, dependendo dos quadros clínicos presentes nos pacientes.
Este artigo pretende apenas, diferenciar as implicações que cada uma trás e quais as diferenças básicas entre elas.
Um ponto importante é que ambas as doenças, são causadas por agentes multifatoriais, porém tem em comum, a presença da placa bacteriana. Não há doença gengival sem presença de acúmulo de bactérias, na forma de placa bacteriana. Invariavelmente, os pacientes acometidos de doenças da gengiva, fazem má higiene bucal ou pelo menos deficiente, frente as suas necessidades.
Importante observar, a Gengivite será sempre a primeira doença a aparecer, para depois então, com o agravamento desta, se instalar o quadro clínico de Periodontite. Entenda, ninguém tem Periodontite sem ter sofrido anteriormente de Gengivite. Este é um ponto importante, pois quase sempre os pacientes quando vão ao Periodontista (especialista de doenças da gengiva) tem um histórico de manutenção ou de que frequentavam consultórios odontológicos. Então o que houve?
Há estágios de gengivites que podem evoluir para formas mais graves em um curto espaço de tempo, frente à "fadiga" do sistema imunológico, diante de interrupto quadro bacteriano, aliado a outros fatores que fadigam o corpo a evoluir para periodontites.
Nas gengivites a inflamação se dá na margem da gengiva não invadindo a região onde o dente se "sustenta" no osso. Após tratamento, mediante diagnóstico específico, de qual gengivite o paciente esta acometido, a cura se dá sem deixar sequelas.
Nas periodontites a inflamação se dá além da margem gengival, há invasão das bactérias no periodonto, local acima citado, onde o dente se "sustenta". Neste caso, invariavelmente temos perda de tecidos importantes para a manutenção do dente. Tal perda está diretamente ligada ao tipo de periodontite que o paciente é portador e ao tempo em que a doença esta instalada.
Quase sempre há a presença de sangramento, em ambas as doenças. Os fatores anatômicos, a formas e qualidades do tecido gengival, podem por vezes encobrir um estado de doença. Por isso é importante, nas consultas de rotina em consultórios odontológicos, a observância de possíveis doenças gengivais.
No final dos tratamentos de gengivites, como foi dito anteriormente, não se observa perdas teciduais, enquanto que, nas periodontites as perdas ficam instaladas, podendo haver alguma recuperação tecidual. Para estabelecimento da situação inicial da boca, nos casos de periodontites, após cura, devemos partir para os tratamentos de recomposição de osso e gengiva, tecidos mais acometidos pela doença. São tratamentos cirúrgicos de custo elevado e com limitações de resultados.
Fica claro mais uma vez que, a prevenção é a melhor forma de manter-se com a cavidade bucal sadia.