Dependência com a Internet.

O dependente de internet está presente nas diferentes classes sociais, e em diferentes faixas etárias. Possuem como característica patológica o comportamento de dependência ao uso excessivo da internet. O indivíduo não consegue mais controlar o tempo e a forma de uso com o computador, vídeo game, celular e outros meios eletrônicos que o mantenham “plugados” para a navegação.

 

Este estado patológico tem consequencias físicas e psíquicas parecidas com outros tipos de distúrbios comportamentais e estados compulsivos. O dependente não dorme direito, come mal, relaciona-se muito mais on-line do que ao vivo, isola-se da família, tem baixa auto estima, perda ou ganho de peso em excesso, perda do humor, apático ao mundo real, etc.

 

É uma nova categoria que surge para aumentar os diagnósticos de dependência. Os dependentes da Internet possuem desejo compulsivo com os mesmos efeitos nocivos da dependência química, dos jogos, sexo, automutilação, e outras compulsões afins.

 

O Hospital das Clínicas de São Paulo, tem um programa através do Dr. Cristiano Nabuco de Abreu que ajuda pessoas nestas condições a recuperarem seu estado anterior a esta dependência. E o mais incrível é que tem um grupo etário de jovens com 12 a 18 anos. Isso mesmo crianças ou pré adolescentes até o inicio da vida adulta, que já se encontram nesta preocupante condição.

 

Ouvindo uma entrevista do Dr. Cristiano numa rádio, ele contou que, recentemente recebeu um e-mail de um garoto de 8 anos que sofre deste mal, relacionado ao vídeo game, já não consegue parar de jogar. Sente vontade de largá-lo, mas não consegue, e sabe do mal que esta passando. Oito anos…

 

Vejam, estamos falando de crianças, que deveriam estar brincando de forma lúdica, estudando, aprendendo a relacionar-se socialmente e até navegando na internet sob orientação dos responsáveis.

 

Digo responsáveis, pois a ausência dos pais em muitas famílias infelizmente é algo muito presente. Certa vez, ouvindo de um pai reclamando da filha que tinha pouco diálogo e que estava ficando difícil o relacionamento, indaguei em quais momentos eles estavam juntos para um conversa. Ai veio à resposta de forma bem clara: bom eu acordo e a levo para a escola onde ela fica o dia inteiro, à noite já estou cansado e gosto de ver minha televisão ou de sair com alguns casais e amigos; ela como gosta muito de ficar no computador, e eu prefiro mesmo, pois ai ela não sai de casa. Quando retorno, ela ainda esta neste tal de MSN, Orkut, e eu vou dormir. Nos finais de semana como ela vara a noite eu a deixo dormir até umas 14:00 horas e assim as coisas se repetem.

 

Puxa, que vida em comum essa família possui, quais os limites que esta adolescente tem, que troca de amor há entre eles? As pessoas precisam de atenção, perceberem-se todos os dias, colocarem-se ao sol para cresceram, como com as plantas; ganhar um tempo para uma boa conversa, um carinho, um gesto e palavras de amor, recolher as folhas caídas e podar se necessário, lembrando que sempre existirá um amanhã.

 

Aí, entram questões muito mais abrangentes que nem vem ao caso, mas só para não deixarmos algo muito importante de lado, que predisposição a compulsão qualquer um de nós pode ter.A certeza disto só virá com o uso abusivo das coisas.

 

Pesquisando sobre o assunto na internet verifiquei um número expressivo de desastres pessoais, mas um me chamou a atenção pela forma dramática do desfecho:

http://br.geocities.com/drtarcio/Artigos/Relato_de_suicidio_pela_internet.htm

 

Faça o teste abaixo e veja como anda sua harmonia com os meios eletrônicos:

http://www.dependenciadeinternet.com.br/article/archive/7/

 
 
É a velha e sabia história de sempre, na vida as coisas devem ter as devidas importâncias, sem exageros. Ninguém pretende criar limites exatos de como se deve viver, até porque os desafios, sonhos e conquistas não costumam ter parâmetros condicionados. Até no conjunto do diagnóstico de Alzheimer, tem um tópico que trata de não fazermos as coisas de sempre, da mesma forma, devemos nos arriscar e se arriscar não necessariamente na forma física, mas na psíquica principalmente. Pense diferente, mantenha-se aberto a novas perspectivas, surpreenda-se, tendo como fundamento seu caráter e as coisas certas que você acredita.
Compartilhar:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *