Recebi esta semana, um desses PPS que rodam pela internet, e que por pouco não paro para ver. Pela importância do tema, estou postando um novo texto, relacionado à atual condição humana, que alguns de nós vivemos.
Na minha infância meus medos eram relacionados ao homem do saco, a alguns personagens dos livros de leitura, ou ainda pequenos desafios a vencer, Eram medos comuns, normais Foram inofensivos e necessários em minha vida, assim como, na vida de qualquer outra criança, que tenha tido a oportunidade de sonhar, imaginar, e viver sua infância na maior plenitude possível. Fato que deveria ser possível a todos.
Fui crescendo, tornei-me adulto e os medos infantis e juvenis se foram, mas descobri depois de tantas histórias contadas, ouvidas e vistas nos mais diversos meios de comunicação, que tenho medo, medo de políticos.
Nossa, fazia tempo que não sentia aquele nó na garganta, frente a tantas coisas erradas e tanta falta de vergonha de alguns dirigentes deste país. Ainda consigo usar o termo “alguns dirigentes”, mas confesso que o faço para não perder a esperança. Ouvi de uma pessoa idosa, com muita sabedoria, a afirmação de que hoje, as pessoas não sabem mais o que é pudor.
Digam-me: Qual é o país que pretende ser uma nação de verdade (sem números incontáveis de riquezas ou de quantidade disto e daquilo por habitantes), e não trata seus filhos com respeito, dignidade, amor?
A resposta é que são poucos, muito poucos, mas aqui em nosso Brasil, os dirigentes nos tratam como idiotas, frente à impunidade e a corrupção em todos os setores.
Os bons parecem ser minoria, que me perdoe o comercial da Coca-Cola, o qual é de encher os olhos e o coração de esperança.
Hoje o que vejo e sinto é que o não se trata de pessoas corruptas, o sistema é assim, doente, deformado. Dessa forma a situação fica muito mais grave, já que caso alguém tente fazer algo para mudar algo, encontrará além de dificuldades inimagináveis, pode por em risco até a vida.
Alenta-me é a certeza de que, ainda temos algumas pessoas que lutam pelo seu ideal, assim como muitos de nós que estamos em nosso dia a dia fazendo nossa parte, colocando valores na educação de nossos filhos, com esperança num mundo melhor.
Divido com vocês o texto que recebi cuja autoria desconheço, e que tanto reflete meus sentimentos:
“Fui criado com princípios morais comuns: quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades… Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade…
Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror… Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão. Pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos.
Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Pagar dívidas em dia é ser tonto… Anistia para corruptos e sonegadores… O que aconteceu conosco? Professores maltratados nas salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas. Que valores são esses? Automóveis que valem mais que abraços, Filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano. Celulares nas mochilas de crianças.
O que vais querer em troca de um abraço? A diversão vale mais que um diploma. Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa. Mais vale uma maquiagem que um sorvete. Mais vale parecer do que ser… Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo? Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar as flores! Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão! Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar olho-no-olho.
Quero a vergonha na cara e a solidariedade. Quero a esperança, a alegria, a confiança! Quero calar a boca de quem diz: “temos que estar ao nível de…”, ao falar de uma pessoa. Abaixo o “TER”, viva o “SER” E definitivamente bela, como cada amanhecer. E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como o céu de primavera, leve como a brisa da manhã! Quero ter de volta o meu mundo simples e comum.
Vamos voltar a ser “gente” Onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases. A indignação diante da falta de ética, de moral, de respeito… Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Quem sabe?… Precisamos tentar… Quem sabe começando a encaminhar ou transmitindo essa mensagem… Nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!”