O livro “A Cabana” de William P. Young.

Desejo fazer uma breve introdução.

A idéia inicial da criação deste site vai além de tudo que vocês tem visto até então.

Pensei em criar um link, onde poderia escrever e compartilhar coisas da vida. Mas inicialmente alterei o formato do site, para o conteúdo que ai está, separando na medida do possível, o lado pessoal do profissional, mesmo sabendo que quem lê os posts que escrevo, logo percebe como me relaciono com a vida. O objetivo destes textos deve servir apenas para passar coisas boas, sem a necessidade de rótulos, análises de personalidade ou caráter, a idéia principal é escrever de coisas que passem sobriedade e possam levar à reflexão.

Cada vez mais, sinto que não basta você apenas fazer sua parte. Quem tem condição de ajudar a formar opinião deve fazê-lo, mesmos com os riscos de nem sempre ser entendido. Pior é concordar com tudo ou apenas lamentar-se por acreditar que nada mudará.

Recentemente li o livro “A Cabana” de William P. Young. O Autor sugere que formemos grupos de discussão e falemos as pessoas sobre o tema do mesmo. Num primeiro momento, não gostei da forma incisiva com que o autor fez tal referência. Depois de ler páginas tão bonitas e fortes, ainda questionei, porque este pedido?


Porém, ao chegar em casa, nas noites seguintes, mais uma vez ao rolar os canais da TV a cabo, onde havia pouca coisa interessante para aquele horário, e por força do hábito, parei em canais nacionais, onde pude novamente ver a propaganda equivocada dos valores que ai está, entendi que poderia valer a pena atender ao escritor. Hoje, a pessoa tem receio e até medo, para ser bem claro, de parecerem preconceituosas ou antiquadas em suas opiniões, naquilo que deveria ser o certo ou errado. No entanto esses valores esbarram no conceito simples das leis universais de Deus.


Existe uma grande variedade de discursos, que diferem pouco entre si. Cada um tem seus seguidores, que devem ser respeitados em sua fé. Ter ética e opinião é seguirmos com a verdade naquilo que acreditamos. Muitas pessoas omitem sua forma de pensar, com receio de opiniões e julgamentos. É o falso moralismo, tão ruim quanto o falso modernismo.

Nesse contexto, já que se vende um monte de porcaria em todos os meios de comunicação, inclusive nos vários ambientes que freqüentamos, estou abrindo uma exceção, ao postar este relato sobre Deus e o amor, inspirado no livro de William P. Young, mas com um tom mais suave.


Ao terminar a leitura de “A Cabana” vieram os seguintes pensamentos: Puxa, que livro. Temos que ir por partes para fazermos um balanço de tudo. Digo por partes, já que várias páginas poderiam ser pedaços de nossas vidas, e se enquadram provavelmente na vida de muitos de nós.
Para mim, as coisas ficam bastante claras, pois creio que, nosso nascimento é o momento em que, mais próximos estamos de Deus, seguido posteriormente do momento de nossa morte, quando voltaremos aos seus braços. Nascemos puros, não fazemos julgamentos de nada, se choramos é por fome, e após comermos, sorrimos. Com a convivência dos adultos é que vamos muitas vezes perdendo a simplicidade do amor, vamos alterando a forma de vermos as coisas e ai tudo fica mais confuso, pela simples perda da simplicidade e dos padrões que vamos adquirindo.


A síntese do livro é: O amor sem precedente. Este é o Plano de Deus para seus filhos.


Deus fala do amor e do perdão; do quanto é necessário perdoarmos a quem nos atingiu de alguma forma. Explica que, quem não ama geralmente não foi amado e desconhece tal sentimento.


Pede que, antes de julgarmos tentemos nos colocar no lugar da outra pessoa, avaliando o que ela teve na vida, tentando entender suas atitudes. Para Deus é importante darmos a chance do perdão para seus filhos.


Tentei enumerar as pessoas que poderia encaixar-se neste padrão profundo de entendimento. Ficou difícil, nossos modelos vão mal.


Gostei quando Deus coloca que não aprova a forma como alguns líderes de diferentes setores da sociedade como: Igrejas, Entidades Sociais, Econômicas e Políticas atuam junto ao homem. Realmente, parece que estas pessoas estão do avesso. O dom do amar ao próximo ficou num outro plano. A injustiça está muito estampada no nosso dia a dia.


Há um trecho do livro, onde Mack, o personagem principal, atingido por uma grande dor, conversa com o Espírito Santo. Ele sente-se pleno, seu coração é inundado de um bem estar que nunca sentira, e em determinado momento ele é convidado a caminhar sobre um lago. Ao ler esta cena lembrei-me do filme “ Muito além do Jardim”, onde o personagem central é um jardineiro, cuja vida toda foi apenas cuidar de um jardim. É puro, tem alma e coração de criança, sem maldade alguma, não sabe se defender, não tem culpas só fala com base no amor. Desconhece o que é certo ou errado, o que pode e o que não pode fazer. Não tem medo, porque não conhece limites. Num determinado momento ele tem de confrontar-se com o mundo real, porém preserva sua pureza de alma. No final do filme a mensagem que fica é que: “ A vida é um estado de espírito”, quando também o jardineiro consegue o milagre de caminhar sobre a água.

É de entristecer que, qualquer ser humano com um pingo de sensibilidade, não fique incomodado com tanta violência que estamos vendo a todo momento e nos acostumando. Isso não é normal. Falta muito mais que educação; são os exemplos distorcidos, a falta de fé, dentre tantos outras coisas. Mack é um afortunado, apesar de tudo tem a chance de se redimir.

O perdão de Mack é insuperável, ele odeia o assassino que lhe causou a grande dor, mas sente algo mais forte do fundo da sua alma e o perdoa. Está mais evoluído que muito mais evoluído que eu, pelo menos neste momento…

Cada leitor encontrará sua forma de comentar o livro. O que varia muito de uma pessoa para outra na interpretação e aceitação do tema é o quanto de dor e saudades de melhores tempos ela carrega dentro de si. Há situações em que perdoar, como Mack o fez, fica difícil se seguirmos o raciocínio lógico, deixando é claro a espiritualidade de lado.

E para terminar lembro-me de uma frase que li em outro livro: “Talvez o amor seja o processo de eu conduzi-lo delicadamente de volta a si mesmo” – Saint Exupéry em Vento, Areia e Estrelas.


Nunca se esqueça Deus gosta especialmente de você.
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