Câncer de Próstata I.

Médicos urologistas da Unicamp apresentaram um trabalho em Chicago, Estados Unidos, num congresso de urologia. Tratava-se de buscar a correlação entre prostatite tipo IV, PSA elevado e câncer de próstata.

 


A proposta é detectar e mapear a doença, refutando a prática que é adotada há anos, no diagnóstico do câncer de próstata e impactando a forma atual de conduta médica.

 


Segundo a Associação Americana de Urologia, um em cada seis homens, na faixa etária entre 45 e 75 anos tem câncer de próstata. A doença acomete 10% dos homens após os 50 anos, e o percentual vai aumentado conforme a idade avança, chegando ao índice de 50% por volta dos 75 anos.

 


Como vêem a situação é muito séria e requer mais atenção por parte dos homens, estendendo-se por toda a família na conscientização do mesmo. Sabemos dos preconceitos culturais e como é difícil para alguns homens fazerem seus exames de rotina, ainda mais no urologista.

 


Sabe-se que, fatores como estilo de vida, alimentação e genéticos contam na hora de enquadrar-se ou não nestas estatísticas.

 


O foco principal deste estudo é determinar, quando o paciente deve, depois de todos os exames ser submetido a uma biopsia. Somente este exame permite um diagnóstico conclusivo de câncer. Mas fica claro, segundo os médicos pesquisadores, que não pretendem expor todos os seus pacientes a exames biopsiais se desnecessário.

 


Ocorre hoje, como prática muito comum, é que quando diante de um resultado elevado do PSA, primeiramente se opta pela possibilidade de uma prostatite. O paciente é medicado com antibiótico e após o tratamento repete os exames. Se os valores de PSA estiverem diminuídos, concluí-se que era efetivamente uma inflamação na próstata. Em caso contrário o paciente recebe indicação de biopsiar a próstata.

 


A grande preocupação destes pesquisadores é justamente na questão do fechamento do diagnóstico mediante exame do PSA como conduta pós medicamentosa.

 


Muitos pacientes acabam tendo seu câncer mascarado por conta destas condutas. Segundo eles, mesmo baixando o PSA, 30 % destes pacientes ainda tem possibilidade de desenvolver o câncer.

 


Então fica a dúvida, em qual momento devemos optar pela biópsia. Ao mascarar um câncer, o tratamento será mais difícil. Sabemos que quanto antes for diagnosticado o câncer, maior será a chance de cura e menos invasivo será o tratamento.

 


Baseando-se nos fatos o que fica como sugestão de conduta é:

 


1.> Exame anual de próstata como o PSA, ultra som e toque retal a partir dos 40 anos;


2.> Notar alterações funcionais. como dificuldade ao urinar, jato fino, gotejamento e mudança de cor na urina;


3.>Febre, sensação de mal estar, ardor ao urinar, incômodo no reto.

 


 
E lembrem-se os números falam por si só. Ainda há muito tabu na questão dos exames de rotina masculinos.

 


O diagnóstico e tratamento precoce de doenças como o câncer é que poderão garantir sua cura. Tenha isso em mente.

 


Previna-se.
 


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