A vocação de Gustavo Kuerten.
Estava assistindo uma reprise de um programa de televisão onde Gustavo Kuerten(Guga) em suas raras aparições neste modelo de entrevista, manifestava-se mais uma vez, na forma bacana que é. Um cara que tem pouca necessidade de ser bajulado, sendo apenas e tão somente, ele mesmo.
Não consegui deixar de emocionar-me, com uma das histórias, que fazem parte da vida dele.
E seguindo nosso tema vocação, dá para perceber, que nosso Guga sempre teve vocação para ser tenista, e ser o ídolo que é. Não conheço sua trajetória, desde quando começou no esporte, mas ficou claro que como jogador de tênis profissional, ele foi feliz, fazendo o que mais gostava sem queixar-se de suas obrigações ligadas a sua condição profissional.
De certa forma, faço uma pequena analogia com ele, na questão do sentimento de estar feliz jogando tênis. Quem me conhece sabe que o tênis é um dos esportes que pratico desde jovem. Neste ano de 2010, sofri uma lesão ligamentar bastante séria, a qual me levou a um tratamento de 10 meses, com a dúvida, se voltaria a ter condições de praticar o tênis.
Pois imaginem, um dentista apaixonado por tênis, com uma lesão do ligamento do ombro, cujo braço é o de escultura dos elementos dentários. Complicado!!!
Mas tudo deu certo, e um sentimento muito forte, ficou guardado dentro de mim. Naquele momento inicial o tênis amador, perdia um dos praticantes mais felizes dentro de uma quadra. Revivi esse sentimento assistindo a despedida de um de meus ídolos no tênis, o Guga, que humildemente fez questão de admitir que, embora o tênis seja uma das coisas que mais felicidade lhe propicia, não tem mais condições de retornar à mesma forma que possuía no inicio de sua carreira. Disse que sentia fortes dores, que o impossibilitava de jogar mais do que já vinha jogando, restando assim, apenas abreviar o término de sua carreira no circuito principal do tênis.
Disse ser o tênis sua real vocação, pois sempre se sentiu muito feliz trabalhando neste esporte.
Vejam, quem chegou até onde o Guga chegou não precisava explicar-se tanto. Além do talento, o cara é humilde, faz com que as coisas pareçam comuns entre nós. Fato que está me propiciando escrever este post.
O Guga é um exemplo de uma pessoa que pode seguir sua vocação. As vocações podem ser encontradas por acaso, nas diversas tentativas de se fazer algo, ou na repetição de certas coisas que fazem as pessoas identificarem-se com aquilo. Outras parecem já vir cravadas dentro de algumas pessoas, como que, já escrito por Deus para que possam cumprir seu papel social.
Para quem tem vocação, tente fazer o melhor, dedique-se de corpo e alma. Seja persistente, sabendo que sempre poderá ir além de si mesmo.
Acrescentando que, para alguns mais afortunados, ainda podem ganham muito dinheiro, fazendo o que amam. E para os que não ganham fica a certeza, de estarem com o peito cheio de razões para continuarem a serem pessoas iluminadas.