Um dos lados dos convênios médicos e odontológicos.
São situações como a que vivi hoje, que me fizeram escrever este post.
Sabemos que, a maioria dos convênios médicos e odontológicos possui regras específicas para com todos os envolvidos, porém alguns deixam de considerar, que estão lidando com seres humanos. Isso se aplica, principalmente, quando o associado necessita de um procedimento não incluso na tabela de procedimentos, ou quando esse procedimento é barrado ou negado por estar ainda em vigência de carência, assim como, outras tantas burocracias impessoais e por vezes desumanas.
Essas carências, muitas vezes, aplicam-se como garantia do serviço executado pelo profissional responsável pelo atendimento. Desta forma, fica claro que o único responsável pelo sucesso do procedimento é o profissional. No entanto é bom lembrar que, qualquer procedimento ou tratamento, depende muitíssimo da forma com que o paciente faz uso ou coopera com a orientação do profissional.
Mas parece que isso é 0 que menos importa para alguns convênios, pois seus funcionários parecem ser robotizados, possuem dificuldade de ouvir e pensar, deve ser por conta de tantas planilhas, números, cifras e coisas parecidas.
Foi assim que me senti algumas vezes, mesmo tendo como lema moral e profissional tratar os pacientes particulares e conveniados da mesma forma. Acho muito deselegante tratar um paciente pelo número de sua carteira de convênio. Gente é gente, número é número!
Para meu espanto, descontentamento e tristeza, escrevo este post quase que como um desabafo. Fui informado por um paciente, que teve seu tratamento negado por motivos burocráticos, que estava insatisfeito com seu plano. Enfatizou que usava os profissionais do plano, pois pagava um valor mensal para o uso do mesmo, e usufruir dos serviços do plano lhe é um direito, mas se necessitasse de um serviço mais qualificado, recorreria aos profissionais da sua confiança e não aos que atendem em seu convênio.
Um soco no estômago; quem já levou um sabe a falta de ar que causa.
Há momentos que a idade nos permite ser mais seguros e sensatos; consegui primeiro respirar fundo e conter minha ira, em seguida, esclareci ao paciente que, tendo em vista a qualidade do seu plano de saúde, grande parte dos profissionais associados a ele, eram tanto ou mais gabaritados que qualquer profissional não vinculado a Planos da Saúde. Reiterei ainda, que ele poderia se sentir à vontade para procurar o melhor para ele, pois o mais importante era resolver seu problema de saúde bucal.
O problema de meu paciente foi resolvido por mim, meu problema com o plano de saúde também será, depende de algumas burocracias, mais no dia do pagamento de meus honorários como prestador de serviço, com certeza vira.
O paciente, mesmo sem que seu convênio saiba, já está com o tratamento concluído; correndo o risco de, oportunamente precisar de uma perícia inicial, e nessa ocasião surpreender-se com o trabalho feito, sem fratura.
É dessa maneira que gosto de trabalhar, mesmo sobrecarregado, sempre tentado fazer o que deve ser feito, priorizando o ser humano e a qualidade do que deve ser feito.
Vale mencionar que, os bons Convênios Médicos e Odontológicos garimpam seus credenciados entre os melhores. Claro que, nem todo bom profissional tem interesse em atender Convênios.
Já os Convênios mais populares, por oferecerem condições de trabalho menos favorecidas, nem sempre conseguem credenciar os bons profissionais. Concluindo que, quem paga um bom Convênio Médico e Odontológico, deve fazer uso do mesmo confiante de que, está nas mãos de bons profissionais.