Odontologia.

Odontologia

A gravidez e suas implicações com a Odontologia.

Muitas pessoas ainda acreditam que durante o período da gestação é comum a mulher ter problemas relacionados à saúde bucal. Este mito tem desaparecido através de mais informações e um controle pré-natal odontológico.


 

O principal fator que afasta as grávidas de um consultório odontológico é o medo de que uma intervenção possa ser perigosa ou prejudicial para ela e o feto.

 

Na verdade há alguns cuidados a serem tomados, mas o mais importante entender é que doenças relacionadas à odontologia podem trazer complicações para o feto e para o bom encaminhamento da gravidez.
 


Citarei algumas crenças populares em relação as implicações de tratamentos odontológicos e gravidez:
 
1.>Os dentes estragam, pois perdem parte do cálcio para o bebê;

2.>Toda grávida tem muita cárie;

3.>É normal perder um dente a cada gravidez;

4.>Ir ao dentista grávida pode acarretar algum mal para o bebê;

5.>O exame radiográfico odontológico pode prejudicar o bebê;

6.>A anestesia pode prejudicar a mãe e o bebê;

7.>Toda grávida tem inflamação na gengiva.

 

Desmistificando:


 
1.>Já é sabido que toda grávida deve ingerir alimentos específicos e compostos vitamínicos para reposição de cálcio suficiente para ela e o bebê; caso haja carência deste mineral a perda será concentrada na estrutura óssea da grávida e não nos dentes;
 
2.>Caso a grávida tenha mais cárie dental, ela acontece por uma dieta mais desorganizada e rica em alimentos que por si só são mais cariogênicos; por própria imposição de seus desejos. A higiene bucal nem sempre é executada da melhor forma na grávida, devido aos enjôos e outras dificuldades;
 
3.>Perder um dente a cada gravidez é lenda. Muito provavelmente a mulher grávida já tinha problemas bucais e com uma higiene bucal deficiente higiene  mais as mudanças dos hábitos alimentares, trouxeram outros problemas;

4.>A saúde começa pela boca, não é? Então toda grávida deve tratar os dentes e fazer procedimentos preventivos com seu dentista. O segundo trimestre é o período mais oportuno para tratamentos, devido a um estado de maior estabilidade da gravidez. Mas sempre que ocorrerem problemas de ordem bucal deve-se tratá-los;
 
5.>O primeiro trimestre é o período onde as radiografias devem ser evitadas. Sempre que houver necessidade deste exame é importante proteger mãe e feto através de aventais de chumbo; Há também filmes radiográficos que necessitam de um menor tempo de exposição pela radiação, sendo os mais indicados;
 
6.>Algumas mulheres tem aumento da pressão arterial durante a gravidez, então é importante o dentista conversar com o ginecologista para prescrição correta do tipo de anestésico;
 
7.>Há uma alteração hormonal normal em toda a grávida, as áreas gengivais que começam a sangrar, são locais onde há quantidade suficiente de placa bacteriana para inflamá-las. Caso a mulher seja portadora de doença gengival, na gravidez ela piorará. Lembre-se não foi a gravidez que inflamou a gengiva ou trouxe doença periodontal, estas patologias já estavam instaladas antes de tudo.



Sendo assim, o pré natal odontológico, prevenção em consultas regulares ao dentista durante a gravidez e cuidados iniciais com a saúde bucal do bebê devem ser feitos por uma mãe atualizada e responsável.



 
Sabe-se que, nos itens relacionados a causa de partos prematuros, está a doença periodontal como um dos coadjuvantes das possíveis causas. Sabe-se que a educação e cuidados com a criança desde o nascimento farão a diferença nas idades subseqüentes, com hábitos saudáveis e corretos instalados na rotina da criança.



Pergunte ao seu ginecologista a importância de um pré natal em odontologia e da importância em cuidar de sua saúde bucal para você e seu bebê serem mais saudáveis e felizes.


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Prototipagem I.

Prototipagem é o processo de criar, até o momento, modelos tridimensionais na forma de cópias fiéis de imagens geradas por programa de computador, scanners 3D e tomógrafos. Esta técnica é utilizada em diferentes segmentos, criando uma nova realidade para os projetos e até mesmo na área da saúde.

 

Na área da saúde, as prototipagens são, na sua grande maioria, bio modelos confeccionados a partir de imagens de tomografia computadorizada. São réplicas anatômicas tridimensionais que podem reproduzir tanto a parte óssea, quanto de tecidos moles e sistema vascular. E há outras aplicações para o uso das prototipagens, é uma revolução na reprodução de imagens.

 

Com esta ferramenta de trabalho a Odontologia bem como a Medicina conseguiram reinventar as cirurgias através de um planejamento jamais visto. Hoje os profissionais sabem em quais campos anatômicos estarão trabalhando, só que preliminarmente a cirurgia, é fantástico. É um imenso passo em comparação as tradicionais radiografias e exames convencionais.

 
 
Com isso, os riscos de complicações diminuíram, os resultados estéticos e funcionais estão melhores e o custo das intervenções diminuiu com a melhoria dos resultados.
 
 
 
Em recente pesquisa da Unicamp, indicaram que 32% dos modelos estavam associados ao planejamento de implante dentário. O segundo maior grupo, com 18% dos casos, reuniu as neoplasias e displasias, com predominância das neoplasias de mandíbula. No terceiro grupo, representando 13% dos casos, estavam os pacientes com fraturas por trauma, relacionadas a acidentes de trânsito, trabalho e domésticos, e vítimas de violência. Outros grupos se seguiram: desarmonias faciais (9%), como assimetria facial e má oclusão; patologias de ATM (5%); causas congênitas (5%), como a fissura palatina; falhas ósseas cranianas (5%) provocadas principalmente por acidentes de trânsito; falhas ósseas faciais (4%); e outras causas (2%) como osteomielite e aneurisma cerebral.
 
 
 
Espera-se que com a diminuição do custo e a facilidade ao uso destes modelos, formemos novos padrões para os procedimentos cirúrgicos, tornando-se protocolo para estes casos.
 
 
 
Hoje existem pelo menos 10 empresas nacionais confeccionando bio modelos para prototipagem.

 

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Halitose II – Você está pronto para beijar?

Você esta pronto para beijar?

 

Cientistas da Universidade de Tel-Aviv, em Israel, criaram um teste capaz de determinar em até 10 minutos a presença de bactérias que contribuam para geração de mau hálito. Além das bactéria gram-negativas descobriu-se que também as gram-positivas podem gerar mau hálito. Elas tem potencial para gerar o gás enxofre, responsável por um mau odor.

 

Este teste tem até o momento o nome de OkayToKiss ( pronto para beijar) e será do tamanho de uma cartela de chicletes. O teste é feito por uma amostra de saliva colocada num coletor específico do teste, e havendo mudança na coloração da saliva, para azul, significa que a pessoa tem bactérias suficientes para gerar o mau hálito.

 

Segundo a Associação Brasileira de Halitose, estima-se que atualmente tenham 50 milhões de indivíduos com halitose no Brasil.

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Hipersensibilidade Dentinária I.

A hipersensibilidade dentinária acarreta uma dor de origem dentária, que ocorre principalmente por exposição da região cervical dos dentes. A região cervical é a área do dente próxima a gengiva. O esmalte dentário que recobre esta região normalmente deve estar desgastado, expondo o tecido duro abaixo dele, chamado dentina.

 

A dentina, através de sua forma e composição permeável, com vários tubos, onde se encontram presentes fluídos e terminações nervosas, leva estímulos a polpa do dente. Estes estímulos causam dor, desconforto, dificuldade em alimentar-se, e muitas vezes irritabilidade por consequência de dor difusa, nos casos mais graves.

 

Há que se prestar atenção nos diagnósticos ligados a este tipo de dor. Dores de origem endodontia (canal) e de lesões cariosas podem por vezes levar a procedimentos incorretos. São lesões com tratamentos diferentes.

 

Mais uma vez destaco a importância da prevenção. Estes desgastes de esmalte normalmente ocorrem por:

1.>Técnica de escovação errada;
2.>Excesso de força na higiene oral;
3.>Escova dentária média ou dura, a de cerdas macias é a ideal;
4.>Pastas de dentes abrasivas,
5.>Hábitos alimentares, com muito consumo de alimentos e líquidos com PH ácido;
6.>Redução do fluxo salivar, pouca quantidade de saliva na boca;
7.>Má oclusão e maus hábitos como o bruxismo, fumo, álcool e drogas;
8.>Doença periodontal;
9.>Doenças ligadas ao vômito, como anorexia e bulimia.
Há também as hipersensibilidades pós operatórias, decorrentes de procedimentos executados pelo dentista, como tratamentos de cáries, raspagens periodontais, clareamentos dentários, desgastes dentários para colocação de próteses.
Os tratamentos podem variar, de acordo com o diagnóstico específico da hipersensibilidade. Os mais comuns costumam ser com uso de:
1.>Aplicação de agentes dessensibilizantes;
2.>Ajustes oclusais e confecção de placas mio relaxantes;
3.>Prescrição de pastas e líquidos para bochechos com agentes dessensibilizantes;
4.>Orientação quanto à técnica de higiene bucal;
5.>Orientação quanto à alimentação;
6.>Aplicação de laser terapêutico de baixa potência.
Em recente pesquisa, a Universidade de São Carlos lançou um novo produto para tratamento das hipersensibilidades, o Biosilicato. Este material usado topicamente induziria a formação de uma camada de hidroxiapatita, substância que possui a mesma composição química e estrutural dos dentes e ossos. A espectativa é que em poucos minutos após o uso do produto os pacientes sintam-se aliviados das dores causadas pela hipersensibilidade.
Depois de passada a fase aguda, deve-se reavaliar o caso e optar por restaurar ou não as áreas cervicais dos dentes com desgastes. Lembrando que há pacientes que mesmo cobrindo estes desgastes originais, por não alterarem seus hábitos, acabam desgastando novamente o esmalte abaixo das restaurações, ou seja, sem o entendimento e mudança de comportamento, não haverá com impedir a progressão destes desgastes e consequentemente a hipersensibilidade.
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Erosão dentária I.

A erosão dentária é uma doença que leva a destruição do dente. Caracteriza-se pela perda do tecido duro do dente (esmalte, dentina e cemento). Tal destruição se dá pela ação de ácidos contidos em bebidas, alimentos e ou provenientes do próprio organismo. 

Os sinais clínicos nos dentes que servem de diagnóstico, além de uma anamnese criteriosa, são: 

1.> Perda do brilho e textura, com clara visualização de desgaste em toda sua estrutura;

2.> Alteração da cor, o dente fica mais amarelado, visto que com a diminuição da camada de esmalte a cor amarelada da dentina, tecido duro localizado abaixo do esmalte, se sobressai;

3.> Bordos incisais (pontas) dos dentes anteriores ficam mais finos e translúcidos;

4.> Surgem traços de fraturas e ou lascas de esmalte, devido à fragilidade do esmalte frente à ação ácida;

5.> Aparecem lesões nas áreas cervicais e oclusais dos dentes;

6.> A maioria dos pacientes tem sensibilidade dentinária, aquela famosa dor no colo do dente ao ingerir alimentos e ou líquidos gelados, quentes, açucarados ou condimentados.

A ingestão de bebidas com PH ácidos, comuns em refrigerantes, sucos cítricos, bebidas energéticas como os isotônicos, é a causa mais comum de erosão dentária. Um ponto importante, antes de entrar em pânico, e controlar o uso destes líquidos, pois, a frequencia com que são ingeridos, faz a diferença para desenvolver ou não a erosão dentária.

Portanto não há mal algum em usar estes produtos esporadicamente. O que não devemos fazer é, por exemplo, tomar vários copos de suco de alguma fruta ácida, por longos períodos. Podemos alternar as frutas. Ingerir estes líquidos com canudos também diminui o efeito da acidez.

Existem também doenças ligadas a refluxo, anorexia e bulimia, as quais trazem, dentre tantos outros problemas, a erosão dentária. Os ácidos gástricos são fortes para poderem digerir os alimentos e atacam o esmalte dentário.

Por essa razão, ao fazer o diagnóstico, é necessário a observação mais profunda do paciente. Normalmente, os pacientes com este tipo de patologia tem boca, garganta e glândulas salivares inchadas, lábios ressecados, e halitose.

A Erosão Dentária é uma doença considerada moderna, resultado das mudanças de hábitos no mundo atual. A melhor forma de prevenção, para quem usa com freqüência líquidos com acidez, é o bochecho com água, a fim de neutralizar o PH residual na boca, e uso de pastas de dentes que também ajudem na redução do PH. É importante também, ouvir as recomendações do Cirurgião Dentista quanto às orientações para a mudanças de hábitos e bochechos com flúor. Sem descuidar do acompanhamento clínico. Observação importante, não saia fazendo bochechos com flúor sem orientação profissional; o flúor em excesso acarretará outras desordens.

Os tratamentos restauradores das lesões podem variar de acordo com o grau de destruição de cada dente. Mas, é sempre importante num primeiro momento, o acompanhamento da mudança de hábitos do paciente e inspeção da evolução das lesões. Somente depois de concretizada a estabilidade da doença, podemos traçar o plano restaurador.

Uma importante orientação é nunca escove os dentes após ingestão de produtos ácidos. É nesta hora, que seu esmalte e dentina, estão “amolecidos” pela ação dos ácidos, consequentemente você irá desgastar ainda mais os dentes. Lembre-se sempre de neutralizar primeiro o PH da boca, mesmo que seja apenas com água natural, para depois de uns trinta minutos fazer a higiene bucal.

Espero ter esclarecido o tema, lembrando que, em relação ao uso de alimentos e bebidas ácidas, estas também podem ser saudáveis, porém o uso deve ser sempre regido pelo bom-senso.

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Diferenças entre Gengivite e Periodontite.

As formas mais comuns das doenças da gengiva são: Gengivite e Periodontite.

Existem variações quanto às doenças em si. Havendo ainda, variações dentro das doenças. São várias as formas de classificação das doenças, dependendo dos quadros clínicos presentes nos pacientes.

Este artigo pretende apenas, diferenciar as implicações que cada uma trás e quais as diferenças básicas entre elas.

Um ponto importante é que ambas as doenças, são causadas por agentes multifatoriais, porém tem em comum, a presença da placa bacteriana. Não há doença gengival sem presença de acúmulo de bactérias, na forma de placa bacteriana. Invariavelmente, os pacientes acometidos de doenças da gengiva, fazem má higiene bucal ou pelo menos deficiente, frente as suas necessidades.

Importante observar, a Gengivite será sempre a primeira doença a aparecer, para depois então, com o agravamento desta, se instalar o quadro clínico de Periodontite. Entenda, ninguém tem Periodontite sem ter sofrido anteriormente de Gengivite. Este é um ponto importante, pois quase sempre os pacientes quando vão ao Periodontista (especialista de doenças da gengiva) tem um histórico de manutenção ou de que frequentavam consultórios odontológicos. Então o que houve?

Há estágios de gengivites que podem evoluir para formas mais graves em um curto espaço de tempo, frente à "fadiga" do sistema imunológico, diante de interrupto quadro bacteriano, aliado a outros fatores que fadigam o corpo a evoluir para periodontites.

Nas gengivites a inflamação se dá na margem da gengiva não invadindo a região onde o dente se "sustenta" no osso. Após tratamento, mediante diagnóstico específico, de qual gengivite o paciente esta acometido, a cura se dá sem deixar sequelas.

Nas periodontites a inflamação se dá além da margem gengival, há invasão das bactérias no periodonto, local acima citado, onde o dente se "sustenta". Neste caso, invariavelmente temos perda de tecidos importantes para a manutenção do dente. Tal perda está diretamente ligada ao tipo de periodontite que o paciente é portador e ao tempo em que a doença esta instalada.

Quase sempre há a presença de sangramento, em ambas as doenças. Os fatores anatômicos, a formas e qualidades do tecido gengival, podem por vezes encobrir um estado de doença. Por isso é importante, nas consultas de rotina em consultórios odontológicos, a observância de possíveis doenças gengivais.

No final dos tratamentos de gengivites, como foi dito anteriormente, não se observa perdas teciduais, enquanto que, nas periodontites as perdas ficam instaladas, podendo haver alguma recuperação tecidual. Para estabelecimento da situação inicial da boca, nos casos de periodontites, após cura, devemos partir para os tratamentos de recomposição de osso e gengiva, tecidos mais acometidos pela doença. São tratamentos cirúrgicos de custo elevado e com limitações de resultados.

Fica claro mais uma vez que, a prevenção é a melhor forma de manter-se com a cavidade bucal sadia.


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Produtos para Higiene Bucal.

 

Os órgãos através de seus sites: www.proteste.org.br e www.idec.org.br, fizeram uma pesquisa para avaliarem não só a eficácia dos produtos para higiene bucal mas também as indicações, rótulos, bulas, ingredientes contidos que rezam os produtos em si, suas concentrações e eficácias. 

 

Foi bastante elucidativa diante do universo de produtos que temos hoje em dia. Bom, como sou do tempo que nos mercados tínhamos duas ou três pastas de dentes conhecidas, fio dental era algo raro de usarmos no dia a dia, por falta de entendimento de sua necessidade, é claro; tudo era mais fácil. Produtos para bochecho então, tínhamos os de sabores ruins, com todo o respeito aos primórdios da prevenção. E, tínhamos as tinturas, nossa, quantas pias e roupas foram manchadas.

 

Hoje, podemos até nos perder na sessão de higiene bucal. Finalmente chegamos a uma variedade de produtos que permitem às várias classes sociais se utilizarem do que a odontologia recomenda para prevenção.

 

Já falei em outro artigo que mais importante que um produto de qualidade é a técnica empregada para a higiene oral. Há produtos que usados de forma incorreta, sem indicação e em excesso, podem acarretar efeitos nocivos para o indivíduo. Comprar pasta de dente, e adstringentes bucais, não é como comprar perfume. Há indicações específicas para cada paciente.

 

Como na maioria das vezes estes produtos são para pessoas que visam apenas prevenir-se, fica a idéia de que são todos iguais. Negativo, o volume de receitas iguais é grande, mas por uma feliz coincidências de bons estados de saúde bucal.

 

Acho até que alguns destes produtos deveriam ser classificados como medicamentos, sendo vendidos apenas com receita do profissional. Não é exagero, deveria ser a conduta adequada para estes itens.

 

Quase todos os dias sou indagado sobre as pastas que prometem clarear os dentes. Novamente vai minha opinião, clareamento deve ser feito com o Cirurgião Dentista. As pastas e adstringentes bucais que prometem estes clareamentos tem ação muito pequena e nem sempre cumprem o que prometem. Muitos destes produtos são abrasivos e clareiam as custas de desgastes, de remoção de manchas.

 

Há ainda pacientes que ao fazer os clareamentos caseiros, onde utilizam moldeiras confeccionadas pelo profissional. Ao terminarem o tratamento e estando de posse das moldeiras chegam ao absurdo de comprarem em outra oportunidade o gel para clareamento e o utilizam sem orientação. Quem vende estes produtos que contém no rótulo, uso específico profissional, age de forma irresponsável.

 

Mas aí é querer demais, se medicamentos para a área médica também são vendidos aleatoriamente nas farmácias. Para tudo tem jeito, o processo como sempre, deve iniciar-se com a educação das pessoas envolvidas e com punição para quem não respeitá-las.

 

Quem imaginaria que leis com a do cinto de segurança para os carros e a do capacete para as motos se sustentariam. Infelizmente todo o processo teve que começar com punições severas para todos nós. Hoje acredito que com a mudança de postura já incorporada ao nosso dia a dia dificilmente um pessoa equilibrada desrespeitaria a lei por ação voluntária.

 

Isso serve para esta desordem nos medicamentos. Vá até uma farmácia que não tem o medicamento que você quer, as propostas de substituição para ele serão imensas e quem lhe fez a receita foi o seu dentista ou médico, com todo o respeito a pessoa que esta lhe atendendo que pode até ser um profissional formado, mas não é quem cuida e conhece você e suas reais necessidades.

 

Voltando para o tema principal, pergunte ao seu Cirurgião Dentista quais são os produtos que você deve usar para sua higiene oral. E porque não perguntar quais as variações que pode fazer para mudança nos sabores ou cor, já que a gama de produtos é grande.

 

Outro ponto importante é que podemos sofrer alterações fisiológicas ou até patológicas em nosso estado de saúde e com isso podemos necessitar de mudanças destes produtos. 

 

 

 

 

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Traumatismo Dental I.

O objetivo deste artigo é orientar a todos, como proceder nos casos de traumas na área da boca. Não entraremos nos critérios de como tratar os traumas, mas sim, de como atuar em relação aos primeiros procedimentos.

O trauma dental necessita de atendimento de urgência. São as ações iniciais que podem garantir o sucesso do tratamento, a curto ou longo prazo.

A incidência desses traumas é de até em 30% da população. É mais comum em jovens do sexo masculino, pois estão mais ligados a prática de esportes, exercícios e brincadeiras, além das questões sociais envolvendo violência. Os dentes mais acometidos são os incisivos centrais superiores, seguidos pelos incisivos laterais superiores e incisivos centrais inferiores.

É de fundamental importância a intervenção rápida do cirurgião dentista. Fica claro que, diante das complexidades que podem envolver os traumatismos, é necessário de imediato se ter certeza do estado geral do paciente, após isso o mesmo deve ser encaminhado para o profissional de odontologia.

As lesões pós trauma podem estender-se em todas as estruturas que envolvem o orgão dental, na cavidade bucal. Caso haja fratura de algum fragmento dentário ou mesmo do próprio dente por inteiro, este deve ser acondicionado em um recipiente limpo com leite, soro fisiológico ou saliva. A ordem deve ser esta, no caso de ficarmos pela última opção, podemos colocar o fragmento ou dente na boca, entre a bochecha e os dentes até entregá-lo para o profissional.

Caso tenha havido a avulsão do dentes (o dente saiu da gengiva), quando pegá-lo ficar atento para segurá-lo pela parte da coroa e não pela raiz.

É importante não mexermos no dente, não devemos limpá-lo. O tratamento deve ser executado por profissional qualificado. O paciente pode ser higienizado. Em caso de hemorragia, deve ser feita a hemostasia com compressão, através de gaze ou panos e aplicação de gelo. O paciente não deve alimentar-se até ir ao profissional para avaliar se o trauma afetou a estrutura óssea e ou periodontal. 

Lembrem-se, após os primeiros socorros, a vítima do trauma deve ser encaminhada o mais rápido possível para o cirurgião dentista, e os fragmentos ou o próprio dente, devem ser armazenados de forma correta.

Para os atletas e esportistas vai a recomendação do uso de protetores bucais, os quais variam de acordo com o esporte. O uso dos mesmos diminui sensivelmente as sequelas de traumas bucais. 

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Odontogeriatria I.

Se voltarmos no tempo, há menos de meio século atrás, veremos como era comum pessoas, a partir da quarta ou quinta década da vida, não possuírem grande parte da dentição, ou mesmo estar com a falta total dela. Já se enquadravam na condição de idosos em relação ao estado bucal.  A cárie não era  privilégio de classes menos favorecidas, atacava a todos. O desconhecimento do tratamento das doenças gengivais nem se fala. Triste cenário. Com a melhoria na informação, educação e consciência social,  a condição de idoso tem sido retardada, e as pessoas  tem recorrido a serviços de saúde melhores, em especial a odontologia, que objetiva principalmente a manutenção e reconstrução do sistema mastigatório em qualquer faixa etária.

Li recentemente um artigo, onde pesquisadores japoneses, concluíram depois de um acompanhamento de idosos por um longo período que, os que tinham uma sobrevida mais longa e com melhor qualidade, numa média geral, eram os que possuíam dentes  suficientes para uma boa mastigação. Em seguida ficou o grupo dos que usavam próteses adaptadas e funcionando bem, por último o grupo dos desdentados totais, parciais, ou possuidores de próteses mal adaptadas, as quais, não permitiam uma boa alimentação. Estes entravam em decadência mais cedo e desenvolviam diferentes doenças.

Sabe-se que os cuidados com indivíduos mais idosos devem ser maiores num todo. Na alimentação, existem muitas pessoas fazendo uso de alimentos pastosos e ou líquidos. Além de perderam o tônus muscular, vão diminuindo  as medidas naturais do sistema estomatognático, gerando outros problemas de saúde bucal como doenças periodontais, dores articulares, aumento de saburra lingual, mau hálito, estética prejudicada, dificuldade para relacionar-se, até mesmo por problemas com a fala. A deficiência nutricional fica instalada, comprometendo-o por completo.

Certa vez atendi uma senhora com mais de 70 anos, desdentada superior e inferior. Alimentava-se, segundo ela, até de carne com facilidade. Após insistência da filha resolveu fazer duas próteses totais. O que vi num primeiro momento foi algo trágico. A língua desta paciente era toda incrustada de restos de alimentos, onde além do odor fétido, havia ulcerações que se misturavam com fibras dos alimentos, as quais estavam "grudadas” sobre o dorso da língua. Durante a confecção das próteses, fomos limpando a língua, tratando as  "ulcerações" e promovendo o retorno das condições de saúde bucal. Tivemos que treiná-la e orientá-la sobre a forma correta de alimentar-se, pois mesmo de dentadura ainda tinha o mau hábito de esmagar os alimentos com a língua e não com os dentes da prótese.  Foi um desafio, mas conseguimos.

Além de devolver-lhe uma condição de saúde melhor, ela teve sua auto estima aumentada, problema que nem ela mais percebia. Passou a relacionar-se melhor com as pessoas, pois além de ter dentes, o odor desagradável que saia da boca desapareceu. O mais comovente é que ela se acomodara naquela situação, como se fosse sua única opção. Mesmo a filha insistindo recusava-se a aceitar o tratamento. Até que um dia ela cedeu, para a felicidade de todos os envolvidos no processo.

Estima-se que, no Brasil,  até 2050 serão 32 milhões de pessoas com mais de 65 anos. Deseja-se que, cada vez mais, essas pessoas tenham acesso a informação, exerçam o direito e dever  de preservar-se. Surge então uma nova área na odontologia, a qual honestamente para mim deveria ser uma praxe de qualquer cirurgião dentista, entender a necessidade de se fazer o melhor em qualquer idade.

Comparo a questão da terceira idade, com a das crianças, que possuem os dentes de leite. Para que tratá-los se virão os definitivos. Quanta ignorância. Nos idosos, porque tentarmos salvar um dente, se podemos acrescentar mais um na prótese já existente. A você que esta lendo, não permita que lhe tratem assim. Busque sua melhor qualidade de vida.

Certa vez, uma paciente tinha febre todos os dias, no final da tarde. Após inúmeras consultas em médicos e vários exames surgiu a dúvida se não poderia ser algum problema bucal. Ela infelizmente, só tinha seis dentes e usava uma  prótese parcial removível na arcada inferior. Na arcada superior, usava uma prótese total. Tinha uma boca tratada e restaurada da forma mais tradicional possível. Não possuía focos infecciosos periodontais  ou de origem endodôntica,  caries, ou próteses mal adaptadas, ferimentos intra orais ou lesões. Portanto não havia nenhuma doença bucal. A paciente esgotou-se em pedir-me que, extraísse todos os seis dentes que lhe restavam, já que nenhum exame havia mostrado a causa da febre.  Chegou a levar ao seu médico, as radiografias e um laudo assinado por mim, concluindo que ela não possuía nenhuma alteração que justificasse a febre. Eu a venci pelo cansaço.

A paciente mudou de médico e foi diagnosticado um reumatismo raro, o qual só é detectado através de um exame específico. Isso já faz 5 anos, ela está bem, continua com seus dentes. Fico feliz por não ter cedido aos apelos da paciente, e por ter agido de forma profissional e humana. 

Estes dois relatos são para que, você  internauta, faça  uma observação, com seu caso ou de alguém conhecido. São apenas histórias corriqueiras de minha vivência clínica, mas que aumentam minha experiência e mostram o quanto podemos e devemos colocar amor e dedicação em nosso trabalho. A vida é um eterno aprendizado. Só precisamos estar abertos a ouvir e observar mais o próximo.

O foco principal é você entender que, na vida tudo deve ser preservado, o plano de aposentadoria vai além do fator financeiro. Você deve se perceber num todo, previna-se, você além de merecer tem dever para consigo.

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Facetas estéticas de resina e porcelana. Qual é a melhor opção?

Quando falamos em estética dos dentes anteriores pensamos logo no sonho de termos dentes brancos, lisos, brilhantes e alinhados. O tratamento indicado muitas vezes, para estes casos é o de facetas, tanto em resina quanto em porcelana. Entenda que o termo laminado cerâmico, tem o mesmo significado que, faceta de porcelana, sendo apenas diferente na forma do profissional expressar o termo técnico.

A porcelana é um material mais nobre, ela tem como vantagens em relação a resina:

1.> Maior dureza e resistência a fraturas;

2.> Forma, textura, brilho e cor inalteradas com o tempo;

3.> Resultado estético superior, principalmente a médio e longo prazo. A translucidez e caracterização que o material possui, são insuperáveis a qualquer outro.

Mas tem também as desvantagens:

1.> A porcelana não permite conserto tão simples como as facetas em resina, o reparo não traduz a qualidade do estado inicial do trabalho;

2.> Possui custo mais elevado e tempo de tratamento maior; sendo que, as facetas em resina são confeccionadas na hora pelo profissional;

3.> Requer técnica mais apurada para executar o tratamento, e cuidados bem maiores para se obter um bom sucesso.

Devemos considerar que, em cada caso há uma indicação. Para facilitar a compreensão digamos que, você tem pequenos reparos a serem feitos, a faceta em resina lhe preservará mais os dentes já que a necessidade de desgaste é menor. Mas se o grau de comprometimento do tecido dentário já for grande e o estado geral do dente for ruim, com manchas e erosões, o melhor são as facetas em porcelana. As facetas em porcelana são peças protéticas cimentadas nos dentes, sendo que, as facetas em resina são coladas com o mesmo adesivo que é usado nas restaurações de resina. Portanto as grandes restaurações devem ser feitas em porcelana, embora provoquem um desgaste maior, mas necessário, nos dentes.

Outro fator importante a ser considerado é situação financeira do paciente já que mesmo que difícil, o conserto de uma faceta de porcelana, muitas vezes, fica limitado de manter a qualidade em comparação com o estado inicial, restando apenas como alternativa, a troca inteira da mesma. É importante alertarmos a paciente, com relação ao custo, se for necessário reparos. O preço por dente chega a ser de três a quatro vezes maiores, na porcelana, em relação à resina.

Somente para elucidar melhor. Certa vez uma paciente pagou um tratamento de seis facetas à outra pessoa de poucas posses, a qual havia sofrido um acidente e quebrado em diferentes tamanhos os dentes anteriores superiores. Optou-se por fazermos as facetas em resina para que, a paciente pudesse no futuro pagar um possível reparo ou até mesmo a troca de algumas delas se necessário. Mesmo sabendo que a porcelana teria um resultado duradouro, o paciente não quis correr o risco de não ter condições de fazer a manutenção.

Para uma melhor comparação, vejam dois casos distintos de facetas:

1.>Facetas em porcelana:

http://www.edutavares.com.br/2010/09/facetas-ceramicas-e-coroa-sem-metal-metal-free-em-dentes-anteriores/ ;

http://www.edutavares.com.br/2012/06/coroas-anteriores-em-zirconia/ .

2.>Facetas em resina:

http://www.edutavares.com.br/2011/07/facetas-em-resina-para-dentes-anteriores/ ;

http://www.edutavares.com.br/2013/01/facetas-em-resina/ .

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Fluorose I.

Este artigo visa apenas alertar que o flúor é importante para a manutenção do controle de cárie num indivíduo mas, quando usado da forma certa. Sabemos que passamos diariamente por processos de desmineralização e remineralização dos dentes. Fato que se deve basicamente ao que comemos, bebemos, condição salivar e o que usamos em nossa higiene bucal diária.


 

Vemos em algumas crianças e adolescentes fenômeno chamado de fluorose, que se deve a um excesso de flúor no dia a dia.

 

A fluorose tem com característica clínica manchas brancas nos dentes, podendo variar até em casos mais graves com manchas de coloração amarelada, marrom até quase marrom escuras. Podemos ter alteração da lisura do esmalte com formação de “cavidades” ao longo da coroa dentária, fazendo com que o esmalte até se "destaque" do corpo do dente.


 

Depois de instalada a fluorose e dependendo do grau de agressão causado há pouco o que fazer. Normalmente os tratamentos para fluorose consistem apenas na remoção das manchas através de abrasivos e nos casos mais graves a restauração dos mesmos.


 

Lendo sobre artigos sobre flúor fora da odontologia dá para percebermos, sem histeria, que tem muita gente que condena o uso do flúor até mesmo na água que recebemos em casa. Não cabe aqui entrarmos no mérito mas para curiosidade coloco a disposiçãoeste artigo dentre vários que li para termos maior conhecimento de tão importante substância e de quanto tóxica ela pode ser.

 

O que vale acreditar sem temermos por conseqüências drásticas é que o uso diário de pasta dental com flúor, colutórios, fio dental e as visitas periódicas ao cirurgião dentista é que vão garantir de forma geral sua saúde bucal. 

 

Há um grupo de pesquisadores da USP de Bauru que buscam desenvolver novas formulações de creme dental que seriam eficazes para fortalecer o esmalte com menos menos chance de causarem fluorose. Estes cremes dentais teriam uma quantidade de flúor menor e um PH mais baixo, entendam menos ácido.


 

Como sempre o bom censo é que deve prevalecer. Não adianta você ingerir complexos vitamínicos se não tiver carência deles. Não adianta beber litros de água sem precisar. Não adianta se entupir de flúor para não ter cáries. O que vale são os bons hábitos, sem milagres, apenas os bons hábitos.

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Halitose I.

Tema que traz um imenso tabu. Muitas pessoas tem a preocupação do mau hálito mas poucas são capazes de alertar a pessoa próxima a si sobre o mau cheiro da boca. E entendam, lendo uma matéria recente sobre o assunto o autor foi preciso, o diagnóstico mais eficaz é o nariz do outro.

 

Estima-se que 40% da população mundial sofra de mau hálito. Há referências milenares sobre o problema. Um fato curioso relata que há dois mil anos atrás o homem que após casar-se e caso nota-se que a mulher tinha halitose, ele poderia separar-se sem cumprir as cláusulas contratuais. Difícil é acreditar qual ser humano não tinha mau hálito naqueles tempos…

 

Dentre as mais de 60 causas que podem levar a halitose as mais comuns são:

 

1.> Falta ou diminuição da saliva: nós temos diminuição do fluxo salivar durante o sono e com a decomposição intra bucal de proteínas é normal acordemos com algum odor na boca. Esta halitose termina imediatamente após ingestão de alimento ou líquido. Outro fator que altera o fluxo salivar é o estresse, pessoas com alterações emocionais tem halitose. O uso de alguns medicamentos também traz alterações no fluxo salivar.

 

2.> Saburra lingual: costumo dizer que o dorso da língua é como aquele tapete da sala, peludo e cheio de espaços para proliferar o que quiser. A língua é composta anatomicamente por tecido piloso e cheio de irregularidades em sua superfície, ambiente quente  e úmido propício para a proliferação bacteriana. Saburra lingual é aquela película esbranquiçada que fica no dorso da língua, é cheia de bactérias que produzem gases malcheirosos. É a saburra lingual a campeã da maior incidência de halitose.

 

3.> Doenças bucais com a cárie e principalmente a doença periodontal: as cáries servem de abrigos para as bactérias onde a proliferação além de poder causar destruição do dente gera mau hálito. A doença periodontal traz normalmente um odor que na literatura é chamado de odor fético, causado pelos gases sulfurosos provenientes das bactérias que encontram-se no tecido mole (estrutura gengival) e duro (dente). Quem tem doença periodontal tem muito mais saburra lingual.

 

4.> Amídalas: algumas pessoas acabam tendo retenção de massa de cor amarelada no corpo da glândula que é formada por restos alimentares, saliva e bactérias. Sua remoção é complicada pois deve ser feita com cuidado para não machucar o orgão e a ânsia de vômito é muito comum por estar próximo do final da garganta.

 

5.> Estômago: muitas pessoas culpam a gastrite como agente causador da halitose. Na verdade hoje em dia se suspeita o contrário, a bactéria que causa a inflamação da mucosa do estomago (Helicobacter pylori) já estaria na boca e a partir deste desequilíbrio bacteriano é que surgiria a gastrite. Quem tem gastrite provavelmente já tinha halitose.

 

6.> Falta de higiene bucal adequada: no mínimo o que se espera de uma higiene bucal básica ou habitual é usar fio dental e escovar os dentes todas as vezes que se ingerir algo e um bochecho com algum anti-séptico bucal duas vezes ao dia. Há muitas pessoas que não gostam de usar o fio dental. Entendam, a área que o fio dental atua só ele consegue limpá-la. Brinco com alguns pacientes que usam bochechos indiscriminadamente por alegarem que não tem tempo para a higiene e "protegem-se" usando os anti-sépticos, que sem a devida higiene bucal é como passar perfume sem o devido banho. Está jogando tempo, dinheiro e o principal saúde bucal fora.

 

7.> Fatores diversos: doenças sistêmicas como a diabetes, insuficiência renal, problemas respiratórios, alterações orgânicas, fumo, álcool, drogas. Dando uma atenção maior para o diabético, ele pode apresentar um odor muito forte com cheiro de acetona, principalmente nas crises de hipoglicemia. É por isso também que pessoas que submetem-se a regimes ou ficam longos períodos sem alimentar-se podem exalar este cheiro também.

 

Hoje há especialistas na área que contam além da anamnese do paciente exames para ajudar no diagnóstico. A sialometria mede o fluxo salivar do paciente e a halimetria mede a quantidade de compostos sulfurados vaporizados presentes na boca. Estes dois métodos ajudam muito aquelas pessoas que tem fobia de estarem com halitose. Não há como ter mau hálito sem ter alterações positivas para halitose neste dois testes.

 

O tratamento consiste no diagnóstico preciso das causas e muita colaboração do paciente. O que cabe ao cirurgião dentista fazer será feito mas muitas vezes necessitamos de uma ou outra alteração de hábito do paciente. Será necessário que haja conscientização do paciente, caso contrário teremos dificuldades no sucesso do tratamento.

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Disfunção Temporo Mandibular(DTM).

A disfunção da articulação temporomandibular é capaz de modificar o tônus postural e as causas são na maioria de natureza ortopédica.


O fator etiológico multifatorial esta relacionado com sinais e sintomas tais como: dor de cabeça ou da articulação da boca, estalos e ou crepitação quando abre a boca, diminuição ou perda dos movimentos da mandíbula, bruxismo, otites frequentes, a fala como se estivesse com a língua presa, mal hábito de chupar o dedo, e má postura cervical.


Disfunção temporomandibular em indivíduos em crescimento pode causar uma redução no crescimento mandibular e também nos processos condilares e coronóides.


Uma causa comum da disfunção é a assimetria facial e deslocamento do disco articular.


Frequentemente uma equipe multidisciplinar com dentistas, fisioterapeutas e fonoaudiólogos é capaz de realizar um diagnóstico exato com um plano de tratamento integrado.

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Higiene Bucal.

Muito se fala em odontologia sobre técnicas para embelezamento dos dentes, a aparência do sorriso como cartão de visita em cada um de nós e é simples compreender que a prevenção é o método mais eficiente para você manter sua saúde bucal em dia. 

 

É muito simples, escovar os dentes sempre após ingerir algo, passar o fio ou fita dental e colocar no seu dia a dia um produto para bochecho que tenha um anti microbiano e flúor. Se possível pasta de qualidade, com escova macia e pequena. Estes produtos, tanto as pastas dentais como os colutórios, variam de acordo com a necessidade e idade de cada paciente. O seu dentista saberá qual o melhor para aquele momento.

 

Somente após esta consciência é que deveríamos, nós profissionais, incluir o plano de tratamento para melhorar algum fator bucal que seja importante para o retorno da saúde ou mesmo embelezamento.

 

Os tratamentos ortodônticos que prometem os tão desejados dentes alinhados são muito mais acessíveis nos dias de hoje, e contando com boa vontade do paciente, seguindo um controle de manutenção em consultório, seu problemas bucais serão minimizados.

 

Hoje, os jovens praticamente não tem cárie, a fluoretação da água, os produtos de higiene bucal, a informação dos pais sobre saúde bucal; o custo de ir ao dentista caiu já que temos muitos profissionais o que faz o preço variar muito, nos traz uma situação bucal melhor. O que acaba restando com muita atenção é a doença periodontal, os tártaros que são aquelas calcificações que estão “grudadas” nos dentes.

 

O que ocorre é que no Brasil a desigualdade ainda é muito grande então fica difícil pautar este discurso para todos, mas na minha realidade de consultório, hoje é possível.

 

Desconheço se há programas de escovas, pastas e fio dental distribuídos gratuitamente, como no caso de alguns medicamentos. Como trabalhei no serviço público municipal em uma região pobre, haviam famílias que tinham apenas uma escova de dente, a pasta só era reposta no salário seguinte da compra.

 

Daí a necessidade de uma visão mais humanista, sanitarista dos problemas bucais, o caminho da prevenção.

 

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C.R.O.S.P.

Há tempos que percebo como é enorme a diferença de trato dos laboratórios farmacêuticos em relação a classe odontológica. Na área médica até mesmo pelo universo maior de medicamentos e receitas, eles fazem um trabalho muito próximo com os médicos.

Acho estranho os presentes e viagens que muitos ganham cujo preço, é claro, são os volumes de receitas de determinados medicamentos a seus pacientes. É claro que estamos falando de medicamentos com anos de estudo e tudo mais mas aonde está a liberdade em se receitar, onde está a particularidade de cada paciente. Isso poucos falam.

Há projeto de lei que tentará de forma direta acabar com isso limitando o valor dos presentes e a impossibilidade de viagens gratuitas. As formas indiretas é que não vão resolver.

Mas este problema é da classe médica.

É que me surpreendi neste exato momento e é por isso que escrevo, recebi um jornal do CROSP comemorando e me parabenizando pelo dia do dentista. É, já foi a três dias atrás, e por incrível que pareça, veio um presente: um tubo de pasta de dente de uma marca que domina o mercado.

Muito obrigado CROSP.

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Cuidados com a beleza.

Estava vendo um destes programas americanos onde a pessoa passa por diversos profissionais melhorando sua beleza exterior e inclusive dentária,  ai me ocorreu que as pessoas do meio televisivo brasileiro não falam dos dentes.

Nunca vi alguém mostrar coisas diferentes do que os silicones, as lipoaspirações, os cabelos, pele e outras coisas mais.

É incrível como as pessoas tem muita dificuldade de aceitar algumas condições bucais e tem receio de falar dos dentes.

Façam um esforço, não lembro de alguém famoso vir a público falar da troca de uma prótese ou de reparos estéticos bucais.

O máximo que vi foram alguns profissionais demonstando técnicas, oferecendo sonhos.

São estes os conceitos mais atuais de beleza bucal vistos pelas pessoas, dentes brancos e alinhados.

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