Em tempos de tantos aplicativos na web, são poucas as pessoas que realmente conhecemos em sua existência natural. Muitos de nós temos diversas páginas curtidas, muitos seguidores, muitas estrelas de aprovação em textos, fotos e posts, mas pouco compartilhamos face a face.
Há quem passe o dia navegando em busca de uma aprovação ou em debates que pouco acrescentam na vida humana presente.
Muitos passam a vida atuando sem realmente se apresentarem como são.
Após assistir o vídeo que segue abaixo, percebi que são nas reações das pessoas que acabamos conhecendo-as de um jeito que talvez mais se aproxime do que elas são na verdade.
Ficamos mais humanos, mais naturais quando agimos por nós mesmos. Somos mais autênticos quando não precisamos impressionar, até porque a idade nos faz perceber que o que impressiona mesmo é o que sai da alma, do coração.
Há quanto tempo você não vê alguém engraxando sapatos?
O que mais lhe vêm na memória deste pequeno e nobre ato cultural que praticamente desapareceu?
Será que todos nós deveríamos voltar a engraxar sapatos?
Já faz tempo, mas tenho em minhas lembranças aquela pequena caixa velha de algum sapato que se fora, com as graxas, pincéis, escovas e flanelas que meu pai guardava com tanto carinho. Normalmente era aos domingos a tarde que ele pegava seus dois pares de sapatos e começava um ritual que tinha cor, cheiro, som e conversa.
Era um momento que além da minha admiração, era uma hora de conversa sobre coisas que seriam certas de se fazer. Com certeza aquele ritual tinha algo a mais do que o simples ato de passar à graxa e lustrar. Ali, além da minha profunda admiração por ele, começava a entender que cuidar das coisas, apresentar-se limpo e bem apresentado era uma das características marcantes do meu pai.
Os ensinamentos iam muito além de tudo aquilo, o conjunto da obra se iniciava com o ato dos sapatos, mas as conversas e os ensinamentos percorriam todo um cotidiano de uma criança que com poucos momentos junto ao pai, apreciava sua obra e suas palavras.
Era ali, também, que o caráter de uma criança era reforçado e polido. Era presente o som da escova que insistia em fazer o sapato brilhar e em um ritmo confiante e consistente, tinha minha chance de ouvir alguns dos tantos ensinamentos que precisava.
Nada de saudosismo, nada de viver no passado, nada de enxergar pelo retrovisor, mas quantas coisas que eram boas e necessárias perderam-se na modernidade, no tempo que não há…
Tenho meus momentos, quase que exclusivos com meu filho. De alguma forma achei situações e momentos onde nos olhamos de frente, olho no olho e dividimos experiências. Nos dias atuais, além de formador de opinião, assim como meus pais, é importante deixarmos nossas crianças se expressarem.
O que eles têm a nos dizer?
O que eles têm a nos perguntar?
O que eles têm a nos questionar?
O que eles querem ser quando crescerem, quais seus padrões e parâmetros do que é certo ou errado?
Você sabe quem é o ídolo do seu filho? A quem ele admira?
Os super heróis da Marvel são importantes sim, mas quais pessoas reais, ou quase reais, ele admira e utiliza de alguma forma para se espelhar!
Pensamentos intrigantes de um mundo que precisa de mais olhares e conversas tênues e seguras.
Você já observou a forma sentimental e comportamental, dos pais com filhos especiais, aqueles que possuem algum tipo de deficiência, dificuldade ou restrição?
Podemos citar: amor incondicional, tolerância, paciência, aprendizado, ensinamento, dedicação e muita, mas muita convivência, fazendo desse ser uma pessoa feliz e realizada.
É emocionante ver pessoas agindo desta forma para com os filhos, mas há quem diga que se fizéssemos isso com as crianças não especiais, estaríamos criando seres mal acostumados, mimados, sem limites e etc.
Bom, pode ser que, num primeiro momento possa parecer que assim seria, mas esquece-se de um importante detalhe; estamos falando de doação e entrega de sentimento, emoção, amor e não coisas materiais.
Desde quando amor, tolerância, paciência, aprendizado, dedicação e convivência se podem comprar? Se tais sentimentos estivessem à venda, seriam sentimentos falsos, superficiais e apenas pontuais, pagou levou.
Pois é, muito mais do que vídeo game, brinquedos, roupas, babás e monitores, as crianças precisam é de pai e mãe, ou do responsável em criar. Pai, mãe e responsáveis, não sendo patológicos, criarão e deixarão se criarem.
Claro, as crianças também precisam saber se virar, encarar a vida que um dia, terá rédeas em suas mãos, porém o que foi dito antes, é que o amor e a dedicação às ajudarão a serem fortes, com os valores da vida e da família. Todas terão condições de fazerem o melhor para com seus filhos, quando o momento chegar.
Este post baseia-se na história de pessoas que tem filhos especiais e que fazem a diferença com muito AMOR.
Desde criança ouvi que para sermos felizes, deveríamos ser coerentes com nossas atitudes; deveríamos acreditar naquilo que estávamos fazendo.
Deveríamos, dessa forma, agir conforme nossa consciência, certa ou errada, mas de acordo com aquilo que aprendemos, absorvemos e acreditamos. Assim, estaríamos sendo leais conosco.
Pois é, mas agora quase tudo é variável. Nossos conceitos, atitudes e modos variáveis de agir, indica que não dá mais, para sermos tão seguros com nossas convicções.
Bom até aí pelo que sei isso nos faz pessoas mais tolerantes e muitas vezes politicamente corretas.
Uma chatice!
Estamos sendo leais com nosso coração e nossos pensamentos? E aquilo que é a nossa verdade, a verdade de cada um, como fica?
Nossas crianças crescendo e vendo uma tremenda falta de coerência…
Já é tempo de voltarmos a ser leais conosco. O mundo tem mudado e nos exige uma capacidade de adaptação enorme, mas aceitarmos algo que não foi nos apresentado como correto, coerente e leal aos nossos ideais, é demais! O peso destes desencontros internos pode ser alto para quem ainda reflete.
Pergunte-se: tenho sido leal comigo mesmo?
A resposta deverá ser: nem sempre. E de nem sempre ou de vez em quando, vamos nos traindo, nos iludindo frente a coisas que não gostamos, mas aceitamos; coisas que pensávamos, nunca faríamos, mas estamos fazendo. Nem vou me estender muito, mas fica difícil posicionar-se, encarar em pé a todos aqueles que reprovam o que você acha disso ou daquilo.
De alguma forma, você acaba meio de lado, sabem como é…
Hoje vemos jovens procurando salários e não carreiras, amizades convenientes e não verdadeiras (será que ainda existe?), trocas e mais trocas…
Tudo isso irradia para o corpo e para a alma. Alma ainda existe sabiam disso!
E é a partir do estado dela que percebo pessoas envelhecendo com boniteza tal. Conforta-me saber que há quem adquire sabedoria e usa isso na arte de viver bem.
Já faz um tempo que assisti ao filme: “A invenção de Hugo Cabret”, que além de ser uma história extremamente comovente, traz a imagem de uma criança perseverante, leal com aquilo que aprendeu de seu pai.
Dentre os muitos diálogos, há um que me chamou a atenção e cabe neste post:
“Se você perde seu propósito… é como se você estivesse quebrado.”
Este depoimento pessoal de Oskar Metsavaht me faz crer ainda mais que somos o que somos por nossa vontade de viver, pela permissão de algo superior a nossa vontade em gozarmos a vida.
Operação Sorriso – um exemplo de profissionalismo e solidariedade!
Na Operação Sorriso, eles mensuram quem são pela alegria que vêem nos rostos das crianças.
Eles são mais do que uma organização de caridade, mais do que uma ONG, eles são uma força mobilizada de profissionais da saúde e corações dedicados em oferecer segurança e cirurgias reconstrutivas para crianças que nasceram com deformidades faciais, tais como a fissura lábio-palatina.
Recebi esta semana, um desses PPS que rodam pela internet, e que por pouco não paro para ver. Pela importância do tema, estou postando um novo texto, relacionado à atual condição humana, que alguns de nós vivemos.
Na minha infância meus medos eram relacionados ao homem do saco, a alguns personagens dos livros de leitura, ou ainda pequenos desafios a vencer, Eram medos comuns, normais Foram inofensivos e necessários em minha vida, assim como, na vida de qualquer outra criança, que tenha tido a oportunidade de sonhar, imaginar, e viver sua infância na maior plenitude possível. Fato que deveria ser possível a todos.
Fui crescendo, tornei-me adulto e os medos infantis e juvenis se foram, mas descobri depois de tantas histórias contadas, ouvidas e vistas nos mais diversos meios de comunicação, que tenho medo, medo de políticos.
Nossa, fazia tempo que não sentia aquele nó na garganta, frente a tantas coisas erradas e tanta falta de vergonha de alguns dirigentes deste país. Ainda consigo usar o termo “alguns dirigentes”, mas confesso que o faço para não perder a esperança. Ouvi de uma pessoa idosa, com muita sabedoria, a afirmação de que hoje, as pessoas não sabem mais o que é pudor.
Digam-me: Qual é o país que pretende ser uma nação de verdade (sem números incontáveis de riquezas ou de quantidade disto e daquilo por habitantes), e não trata seus filhos com respeito, dignidade, amor?
A resposta é que são poucos, muito poucos, mas aqui em nosso Brasil, os dirigentes nos tratam como idiotas, frente à impunidade e a corrupção em todos os setores.
Os bons parecem ser minoria, que me perdoe o comercial da Coca-Cola, o qual é de encher os olhos e o coração de esperança.
Hoje o que vejo e sinto é que o não se trata de pessoas corruptas, o sistema é assim, doente, deformado. Dessa forma a situação fica muito mais grave, já que caso alguém tente fazer algo para mudar algo, encontrará além de dificuldades inimagináveis, pode por em risco até a vida.
Alenta-me é a certeza de que, ainda temos algumas pessoas que lutam pelo seu ideal, assim como muitos de nós que estamos em nosso dia a dia fazendo nossa parte, colocando valores na educação de nossos filhos, com esperança num mundo melhor.
Divido com vocês o texto que recebi cuja autoria desconheço, e que tanto reflete meus sentimentos:
“Fui criado com princípios morais comuns: quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades… Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade…
Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror… Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão. Pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos.
Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Pagar dívidas em dia é ser tonto… Anistia para corruptos e sonegadores… O que aconteceu conosco? Professores maltratados nas salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas. Que valores são esses? Automóveis que valem mais que abraços, Filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano. Celulares nas mochilas de crianças.
O que vais querer em troca de um abraço? A diversão vale mais que um diploma. Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa. Mais vale uma maquiagem que um sorvete. Mais vale parecer do que ser… Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo? Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar as flores! Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão! Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar olho-no-olho.
Quero a vergonha na cara e a solidariedade. Quero a esperança, a alegria, a confiança! Quero calar a boca de quem diz: “temos que estar ao nível de…”, ao falar de uma pessoa. Abaixo o “TER”, viva o “SER” E definitivamente bela, como cada amanhecer. E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como o céu de primavera, leve como a brisa da manhã! Quero ter de volta o meu mundo simples e comum.
Vamos voltar a ser “gente” Onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases. A indignação diante da falta de ética, de moral, de respeito… Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Quem sabe?… Precisamos tentar… Quem sabe começando a encaminhar ou transmitindo essa mensagem… Nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!”
Até concordo que, algumas pessoas são abençoadas com talentos natos, desde criança muitas dessas pessoas destacam-se em algo.
Mas todo ser humano tem talentos, alguns lapidados com os anos, outros passam de forma despercebida, mas fundamental para a vida.
Conheço pessoas que possuem talentos, os quais são pouco ou nada notáveis; no entanto, são esses os talentos, que podem fazer a diferença. Quem, em algum momento da vida, não precisa de um ombro acolhedor, um bom ouvinte, um bom conselheiro, um amigo? Existem pessoas, portadoras do grande talento de suprir essa falta.
Pessoas essas, dotadas de talentos esses, cada dia mais escassos, e que fazem tanta falta. Percebo que pessoas assim, iniciam sua inclinação talentosa ainda na infância, há crianças com mais senso de caridade, atenção que outras. É algo normal, é a essência de cada um.
Tenho convicção de que, todos nós somos capazes de ser talentosos. Alguns já nascem com ele à flor da pele, é espontâneo, visível. Pessoas que exercem o talento natural de forma simples e única, sendo um presente, para aqueles que com elas convivem.
A razão deste post foi uma apresentação que vi, de uma talentosa cantora, Jackie Evancho, que mais parece um anjo, enviado para nos presentear com a forma que interpreta grandes canções.
Espero que além de todo este grande sucesso, ela consiga prosseguir graciosa, tentando viver as fases necessárias de sua vida.
O projeto “Sorrindo com a Ford” promove a saúde bucal e atende gratuitamente caminhoneiros e comunidades carentes de todo o Brasil. Idealizado pelo cirurgião dentista, Cássio de Melo, e patrocinado pela Ford Caminhões, o programa teve início no dia 10 de abril de 2000 e já soma 127.184 consultas. Os procedimentos são realizados dentro de um caminhão Ford Cargo 815e, o famoso Odontomóvel – um consultório móvel que já percorreu 22 estados brasileiros e 408.076 km, conforme dados apurados até dezembro de 2010.
Esse programa também oferece palestras a crianças de creches e escolas dos municípios visitados e ainda mantém parcerias com prefeituras e universidades, em que alunos de Odontologia têm a oportunidade de realizar campanhas de prevenção ao câncer bucal, atender grupos da Melhor Idade e promover a saúde bucal.
O Odontomóvel também sempre está presente em Festas comemorativas, como na Exposafra, no Porto de Paranaguá/PR e nas tradicionais Festas do Carreteiro e do Caminhoneiro. O projeto Sorrindo com a Ford integra a política de sustentabilidade da montadora e suas ações por todo o País.
“Quando eu era pequeno, a morte era algo que passava de forma despercebida em minha mente.
Cresci um pouco, e vi um amigo que morreu em um acidente com gás encanado em seu banheiro. Foi chocante, mas ainda permanecia sem o concreto entendimento da morte.
Cresci mais um pouco e depois de uns três velórios, percebi o quanto a vida pode ser breve.
Continuei crescendo, perdi alguns familiares, vi amigos perderem pais e mães. Há alguns dias, eu fiquei mais pobre, perdi meu amigo e profissional, que muito me ajudou em minha trajetória: João Batista de Lima foi uma pessoa que ocupará sempre, um lugar em meu coração.
Era meu protético desde o ano de 1985. Nesse tempo se tornou o grande amigo.
Não consegui despedir-me do meu amigo. Uma pena!”
Este texto foi escrito no momento em que fiquei sabendo da morte de João Batista de Lima, que como puderam ler, foi meu amigo e protético desde o ano de 1985, até seus últimos momentos comigo.
Demorei um pouco a escrever uma singela homenagem com minha eterna gratidão, pois senti demais a perda deste amigo e profissional. Bem dizem que, quem tem amigos, possui uma fortuna; tenho muito poucos, mas sei bem o que isso significa.
O trabalho do técnico de prótese, junto ao dentista, é de suma importância para o sucesso dos tratamentos nas reabilitações que necessitem deste tipo de trabalho.
Não existe um dentista de sucesso na área de prótese, sem um técnico de prótese qualificado. Para os profissionais sérios, o protético é seu parceiro de trabalho, digno de todo o respeito possível e merecido. Acho no mínimo, uma tremenda falta de respeito para com ambos, quando um dentista fornece aquela desculpa que foi o protético que errou. O trabalho sempre será em conjunto, cabendo a cada um sua parcela de sucesso ou não.
Quando vou a uma padaria sei que o pão é bom por diversas razões: por conta do dono, da qualidade dos produtos utilizados, dos equipamentos disponíveis, das condições de trabalho no local, da saúde geral e econômica dos funcionários, e é claro, com o ingrediente principal, que só funcionará com tudo descrito anteriormente, o Padeiro.
Portanto, quando elogiar seu dentista ou a padaria onde compra seu pão favorito, não se esqueça dos outros profissionais envolvidos, na questão do sucesso.
E foi assim com o João, com que aprendi, e continuo aprendendo, a fazer pães, ou melhor, dentes.
Lembro-me do primeiro dia em que entrei em seu laboratório, ainda muito jovem e cheio de conhecimentos iniciais e primários, que fiz meu primeiro trabalho de prótese. Foi uma coroa metalo-plástica do incisivo superior esquerdo. Bem, apesar de toda minha condição de aprendizado, essa prótese ficou inclinada (torta), fora da cor dos dentes naturais e com deficiência de adaptação. É isso mesmo, foi frustrante.
Nesse momento entendi, através dos primeiros ensinamentos do João, que prótese vai além de um trabalho no dente e uma moldagem. Humildemente e desesperadamente refiz o dente, e acho que ficou bem melhor, claro que para os padrões do que podemos oferecer hoje, com certeza ficou aquém da nossa realidade atual.
E assim foram passando os anos de aprendizado, a amizade e o respeito crescendo sempre, e fomos tratando também das coisas da vida. Coisas essas, que me fizeram acordar para alguns vícios de profissão, me fizeram ponderar melhor os diferentes aspéctos dos seres humanos. O João era insistentemente apaziguador, um ser humano dócil, às vezes irritante em suas afirmações atenuantes. Eu brincava muito com ele, por conta desta sua faceta guardiã.
Mas esse era seu jeito de tratar o próximo.
Houve um determinado momento profissional, que coube a mim, informá-lo das novidades e mudanças tecnológicas, usadas nas próteses odontológicas. Assim permanecemos bons anos, até os momentos que antecederam a ruptura abrupta de nossa relação profissional e pessoal. Meu amigo João se fora.
Senti a vida se manifestando, mais uma vez, na única certeza que temos; acredito que meu amigo conseguiu cumprir sua missão como ser humano, e deixou além de saudades, boas lembranças para aqueles que tiveram a feliz oportunidade de conhecê-lo.
Estava assistindo uma reprise de um programa de televisão onde Gustavo Kuerten(Guga) em suas raras aparições neste modelo de entrevista, manifestava-se mais uma vez, na forma bacana que é. Um cara que tem pouca necessidade de ser bajulado, sendo apenas e tão somente, ele mesmo.
Não consegui deixar de emocionar-me, com uma das histórias, que fazem parte da vida dele.
E seguindo nosso tema vocação, dá para perceber, que nosso Guga sempre teve vocação para ser tenista, e ser o ídolo que é. Não conheço sua trajetória, desde quando começou no esporte, mas ficou claro que como jogador de tênis profissional, ele foi feliz, fazendo o que mais gostava sem queixar-se de suas obrigações ligadas a sua condição profissional.
De certa forma, faço uma pequena analogia com ele, na questão do sentimento de estar feliz jogando tênis. Quem me conhece sabe que o tênis é um dos esportes que pratico desde jovem. Neste ano de 2010, sofri uma lesão ligamentar bastante séria, a qual me levou a um tratamento de 10 meses, com a dúvida, se voltaria a ter condições de praticar o tênis.
Pois imaginem, um dentista apaixonado por tênis, com uma lesão do ligamento do ombro, cujo braço é o de escultura dos elementos dentários. Complicado!!!
Mas tudo deu certo, e um sentimento muito forte, ficou guardado dentro de mim. Naquele momento inicial o tênis amador, perdia um dos praticantes mais felizes dentro de uma quadra. Revivi esse sentimento assistindo a despedida de um de meus ídolos no tênis, o Guga, que humildemente fez questão de admitir que, embora o tênis seja uma das coisas que mais felicidade lhe propicia, não tem mais condições de retornar à mesma forma que possuía no inicio de sua carreira. Disse que sentia fortes dores, que o impossibilitava de jogar mais do que já vinha jogando, restando assim, apenas abreviar o término de sua carreira no circuito principal do tênis.
Disse ser o tênis sua real vocação, pois sempre se sentiu muito feliz trabalhando neste esporte.
Vejam, quem chegou até onde o Guga chegou não precisava explicar-se tanto. Além do talento, o cara é humilde, faz com que as coisas pareçam comuns entre nós. Fato que está me propiciando escrever este post.
O Guga é um exemplo de uma pessoa que pode seguir sua vocação. As vocações podem ser encontradas por acaso, nas diversas tentativas de se fazer algo, ou na repetição de certas coisas que fazem as pessoas identificarem-se com aquilo. Outras parecem já vir cravadas dentro de algumas pessoas, como que, já escrito por Deus para que possam cumprir seu papel social.
Para quem tem vocação, tente fazer o melhor, dedique-se de corpo e alma. Seja persistente, sabendo que sempre poderá ir além de si mesmo.
Acrescentando que, para alguns mais afortunados, ainda podem ganham muito dinheiro, fazendo o que amam. E para os que não ganham fica a certeza, de estarem com o peito cheio de razões para continuarem a serem pessoas iluminadas.
Recentemente, lendo algumas folhas de papel, escritas por uma pessoa mais vivida, sobre “perdão”, desencadearam-se alguns pensamentos que dividirei com vocês; apenas para reflexão.
Coincidentemente, ao acessar a internet em alguns sites e blogs que gosto, encontrei um post onde palavras sobre “mágoas” acabaram completando meus pensamentos.
O tema é emocionalmente difícil; todos nós de alguma forma já fomos magoados e, perdoados ou não, mas também magoamos e, nem sempre perdoamos.
Resta saber, se estas emoções foram devidamente resolvidas dentro de nossos corações. Sabemos que rancor e mágoas são como feridas, se não tratadas aprofundam-se vagarosamente até um momento de ebulição.
Geralmente, quando esse momento chega, nos trás sentimentos e emoções como: não suporto mais isso ou você, não confio mais nisso ou em você; é algo que pulsa, ferve ácido dentro de nosso corpo e dos pensamentos.
Nesse quadro agudo de dor, mágoas e culpa, precisamos em primeiro lugar nos perdoar pela falta de atitude nos momentos críticos, a partir daí temos que, cuidar de nós e daquele a quem machucamos.
Essas feridas geram marcas, que costumam trazer sentimentos e lembranças muito fortes. É como se a dor sentida naquele momento voltasse mais forte ainda. Sabem porque? porque a ferida ainda esta aberta. Isso não é nada bom para nosso bem estar físico, emocional e espiritual.
Fica claro que faltou cuidar das feridas, elas ficaram expostas a mais e mais lacerações. Divergências simples e inúteis passam a ter um peso enorme e, agravaram um quadro mal cuidado.
Será um caminho muitas vezes difícil, mas entendam que foi difícil também, para aquelas pessoas, que por ventura magoamos.
Com o passar dos anos, vamos amadurecendo e percebendo que devemos cuidar das coisas do coração, devemos cuidar de nós e daqueles a quem amamos.
Um fato novo me surpreende, as pessoas cada vez mais, expõem suas dores ou aborrecimentos nas redes sociais da internet. Como opinião pessoal, acho que além de desnecessário, a exposição pessoal, assim como a dos envolvidos ficam vulneráveis. Muitas vezes, as reconciliações ocorrem. Só que essas frases mal colocadas, ficam registradas, o que com certeza servirá para alimentar as feridas, lembrem-se disso.
Todos nós temos o sentimento cuidador, cabe a cada um achar e saber utilizá-lo.
Para encerrar, os momentos de perdoar, sempre que possível, devem ser feitos pessoalmente. Nada como a expressão, um semblante que traduz as coisas do coração. Muitas vezes, o próprio silencio fala mais, através de um olhar com ternura, perdão e amor.